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Dólar sobe e fecha a R$ 5,74, em dia de decisões do Fed e do Copom; Ibovespa cai

A moeda norte-americana avançou 0,62%, cotada a R$ 5,7458. Já a bolsa recuou 0,09%, aos 133.398 pontos. Dólar vive disparada nos últimos dias Cris Faga/Drag...

Dólar sobe e fecha a R$ 5,74, em dia de decisões do Fed e do Copom; Ibovespa cai
Dólar sobe e fecha a R$ 5,74, em dia de decisões do Fed e do Copom; Ibovespa cai (Foto: Reprodução)

A moeda norte-americana avançou 0,62%, cotada a R$ 5,7458. Já a bolsa recuou 0,09%, aos 133.398 pontos. Dólar vive disparada nos últimos dias Cris Faga/Dragonfly/Estadão Conteúdo O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (7), cotado a R$ 5,74, com investidores de olho nas decisões sobre as taxas básicas de juros do Brasil e dos Estados Unidos. A primeira decisão saiu nos EUA: o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manteve o referencial inalterado na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano. No anúncio, divulgado às 15h (horário de Brasília), a instituição ressaltou as incertezas causadas pela política tarifária do presidente Donald Trump. Enquanto isso, no Brasil, o mercado espera um novo aumento na taxa Selic, que atualmente está em 14,25% ao ano. A alta foi anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC brasileiro já em sua última reunião, em março. A decisão desta quarta sairá após o fechamento dos mercados. Caso confirmada, essa será a sexta alta consecutiva dos juros, em uma tentativa do BC de controlar a inflação, que encerrou 2024 acima da meta de 3%. As projeções do mercado apontam para uma alta de 0,50 ponto percentual (p.p.), o que levaria a taxa Selic para 14,75% ao ano. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em queda. Veja abaixo o resumo dos mercados. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar O dólar subiu 0,62%, cotado a R$ 5,7458. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,7629. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: alta de 1,63% na semana; avanço de 1,21% no mês; e perda de 7,02% no ano. No dia anterior, a moeda americana fechou em alta de 0,37%, aos R$ 5,7102. a 📈Ibovespa O Ibovespa caiu 0,09%, aos 133.398 pontos. Com o resultado, o índice acumulou: recuo de 1,28% na semana; queda de 1,24% no mês; e ganho de 10,90% no ano. Na véspera, o índice fechou em alta de 0,02%, aos 133.516 pontos. O que está mexendo com os mercados? Em sua última reunião, o Copom projetou para esta quarta-feira um novo aumento da taxa Selic. A previsão é que a alta seja menor do que 1 ponto percentual (p.p.). Não se sabe, no entanto, se será de 0,50 p.p. ou 0,75 ponto. Daniel Cunha, estrategista-chefe da BGC Liquidez, diz que a atenção dos mercados estará em como o BC brasileiro vai encaminhar o final do ciclo de altas de juros iniciado no ano passado. "As ansiedades estão grandes. Há cenários que contemplam uma alta de 0,25 p.p., com Selic em 14,50%, e outros que preveem mais dois aumentos de 0,50 p.p., chegando a 15,25%. Faz muito tempo que não chegamos a uma reunião com uma amplitude tão grande dos agentes", diz Cunha. Para a XP Investimentos, "a dúvida reside na comunicação para a próxima reunião, isto é, se indicarão ou não altas de juros adiante". Nos EUA, o Federal Reserve manteve as taxas de juros do país inalteradas na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano. A decisão unânime veio em linha com as expectativas do mercado financeiro. Foi a terceira reunião seguida em que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) optou por não alterar o referencial de juros. Em comunicado, o comitê afirmou que as incertezas em torno das perspectivas econômicas "aumentaram ainda mais" em meio à política tarifária de Trump. A decisão de manter os juros inalterados nos EUA nesta quarta-feira veio apesar da pressão e de fortes críticas de Trump contra o presidente do Fed, Jerome Powell. Nas últimas semanas, o republicano questionou inúmeras vezes o trabalho do banqueiro central à frente da instituição e chegou a ameaçar demiti-lo, mesmo que o presidente dos EUA não tenha poder para tomar essa decisão. Após o anúncio, Powell afirmou que a pressão de Trump por cortes nas taxas de juros "não afeta" o trabalho do Federal Reserve. Ele declarou ainda que não tentou agendar um encontro com o republicano. "Nunca pedi uma reunião com nenhum presidente, e nunca pedirei", disse o chefe do Fed, em entrevista a jornalistas. "Nunca houve motivo para eu solicitar uma reunião. Sempre partiu do outro lado." O banqueiro central também observou que a política comercial de Trump continua sendo uma fonte de incertezas e reforçou a necessidade de o Fed esperar antes de ajustar sua política monetária. "Eu não acho que podemos dizer qual será o desfecho disso", disse. "Há uma grande incerteza sobre, por exemplo, onde as políticas tarifárias vão se estabilizar."